Atlântica 215 FB de Marcelo Duarte

Acompanhamento da construção amadora realizada por Marcelo Duarte em Rio das Ostras – RJ

Saiba mais sobre este projeto em: http://www.lodidesign.com.br/atl215fb.html

Você encontra outros Projetos de estoque para construção amadora ou profissional one-off em:  http://www.lodidesign.com.br/projetosestoque.html

20150610

Atântica 215 FB – Perfil Externo

20150610-1

Atântica 215 FB – Vista Superior

20150610-2

Atântica 215 FB – Acomodações

20150610-3

Atântica 215 FB – Vista Frontal

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Atântica 215 FB – Vista de Popa

20150610-5

Atântica 215 FB

 

Manualcapa

Manual da Construção One-off que acompanha o Projeto, para orientação “passo a passo” da construção da embarcação.

 

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Balizas cortadas

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Balizas cortadas

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Balizas cortadas

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Balizas em corte e preparação

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Balizas em corte e preparação

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Montagem do Picadeiro

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Montagem do Picadeiro

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Montagem do Picadeiro

Etapa de levantamento  e alinhamento das Balizas

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Inicio do levantamento das Balizas

 

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Inicio do levantamento das Balizas

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Balizas Alinhadas

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Balizas Alinhadas

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Balizas Alinhadas

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Balizas Alinhadas e quilha montada

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Balizas Alinhadas e quilha montada

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Balizas Alinhadas e quilha montada

 

Etapa de colocação da espuma de Núcleo em PVC (Divinycell H60)

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Inicio da colocação da espuma Núcleo

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Inicio da colocação da espuma Núcleo

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Inicio da colocação da espuma Núcleo

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Inicio da colocação da espuma Núcleo

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Inicio da colocação da espuma Núcleo

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Inicio da colocação da espuma Núcleo

 

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Colocação da espuma de PVC (Núcleo) em strip-planking na região da Proa

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Colocação da espuma de PVC (Núcleo) em strip-planking na região da Proa

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Colocação da espuma de PVC (Núcleo) em strip-planking na região da Proa

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Colocação da espuma de PVC (Núcleo) em strip-planking na região da Proa

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Finalização da colocação da espuma de PVC (Núcleo) em strip-planking na região da Proa

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Finalização da colocação da espuma de PVC (Núcleo) em strip-planking na região da Proa

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Finalização da colocação da espuma de PVC (Núcleo) em strip-planking na região da Proa

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Finalização da colocação da espuma de PVC (Núcleo) em strip-planking na região da Proa

 

Lodifishing 250 Cabin de Fábio Ferreira e Nelson Ramade – Rio de Janeiro

Acompanhamento da construção amadora de uma Lodifishing 250 Cabin

Saiba mais sobre este projeto em:  http://www.lodidesign.com.br/lf250c.html

Você encontra outros Projetos de estoque para construção amadora ou profissional one-off em:  http://www.lodidesign.com.br/projetosestoque.html .

Aprenda sobre os métodos de construção de barcos, veja em http://www.lodidesign.com.br/cursos.html

capa manual

Manual de Construção One-Off que acompanha o projeto, para orientação passo à passo de toda a construção.

 

picadeiro

Inicio da montagem do Picadeiro

lofting 7

Inicio da montagem das balizas, cortadas em CNC

 

lofting 2

Marcos Lodi, em visita à construção

 

lofting 6

Montagem do Plug do Casco

 

lofting 5

Montagem do Plug do Casco

 

lofting 4

Montagem do Plug do Casco,

lofting 3

Montagem do Plug do Casco

 

lofting 1

Montagem do Plug do Casco

 

lofting 8

Montagem do Plug do Casco

    

 

 

Para a montagem deste Plug, os construtores amadores contaram com um conjunto de planos que inclui o Plano de Montagem do Plug do Casco, abaixo.

Montagem do Plug do Casco

Plano de Montagem do Plug do Casco

Plug3

Plug: Imagem do manual de construção, para orientação do construtor

Plug4

Plug: Imagem do manual de construção, para orientação do construtor

Plug5

Plug: Imagem do manual de construção, para orientação do construtor

Etapa de Forração das balizas com a espuma de núcleo: Divinycell H60. Conforme orientações do Manual de Construção One-Off

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Nelson Ramade, Marcos Lodi e Fábio Ferreira

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Nelson Ramade e Fábio Ferreira

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Colocação do Núcleo de PVC (Divinycell)

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Colocação do Núcleo de PVC (Divinycell)

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Colocação do Núcleo de PVC (Divinycell)

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Colocação do Núcleo de PVC (Divinycell)

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Colocação do Núcleo de PVC (Divinycell)

20141017_150134

Colocação do Núcleo de PVC (Divinycell)

20141017_150155

Colocação do Núcleo de PVC (Divinycell)

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Colocação do Núcleo de PVC (Divinycell)

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Colocação do Núcleo de PVC (Divinycell)

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Colocação do Núcleo de PVC (Divinycell)

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Colocação do Núcleo de PVC (Divinycell)

 

Etapa de Laminação da “Face externa” do Casco. Conforme orientações do Manual de Construção One-Off

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Laminação da face externa do casco

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Laminação da face externa do casco

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Laminação da face externa do casco

 

Fase de emassamento e acabamento da face externa do casco, conforme as orientações do Manual da Construção.

 

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Emassamento para correção de imperfeições

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Emassamento para correção de imperfeições

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Emassamento para correção de imperfeições

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Casco emassado e lixado

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Casco emassado e lixado

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Casco emassado e lixado

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Fábio Ferreira

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Fábio Ferreira, Nelson Ramade e Marcos Lodi

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Casco em fase de pintura e acabamento

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Casco em fase de pintura e acabamento

 

Virando o casco

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Virando o casco

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Casco sobre berços

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Etapa concluida. Casco virado e sobre os berços

 

Etapa de estruturação interna: Montagem de Anteparas, Longarinas e Hastilhas

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Longarinas e hastilhas em montagem

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Casco da Lodifishing 250 : Para navegar confortavelmente, seguro e seco em qualquer condição de mar

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Casco da Lodifishing 250 : Para navegar confortavelmente, seguro e seco em qualquer condição de mar

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Casco da Lodifishing 250 : Para navegar confortavelmente, seguro e seco em qualquer condição de mar

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Casco da Lodifishing 250 : Para navegar confortavelmente, seguro e seco em qualquer condição de mar

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Anteparas montadas

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Anteparas montadas

2015041402

Casco da Lodifishing 250 : Para navegar confortavelmente, seguro e seco em qualquer condição de mar

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Estrutura de fundo

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Casco da Lodifishing 250 : Para navegar confortavelmente, seguro e seco em qualquer condição de mar

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Pisos de Convés montados

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Tanque integrado em composites

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Marcos Lodi e Fábio Ferreira

2015041401

Casco da Lodifishing 250 : Para navegar confortavelmente, seguro e seco em qualquer condição de mar

2015041405

Marcos Lodi

 

Inicio da construção da superestrutura sobre casco estruturado

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Montagem das bases de apoio

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Montagem das bases de apoio

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Montagem das bases de apoio

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Montagem das bases de apoio

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Montagem das bases de apoio

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Tanque de combustível integrado

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Porão abaixo do Cockpit de Popa

 

Lodifishing 220 Center Console de Emerson Petris – Joinville – SC

Acompanhamento da construção amadora de uma Lodifishing 220 Center Console, realizada em Joinville – SC por Emerson Petris

Saiba mais sobre este projeto em: http://www.lodidesign.com.br/lf220.html

Você encontra outros Projetos de estoque para construção amadora ou profissional one-off em:  http://www.lodidesign.com.br/projetosestoque.html

Aprenda sobre os métodos de construção de barcos, veja em http://www.lodidesign.com.br/cursos.html

 

2206409

Lodifishing 220 Center Console

2206402

Lodifishing 220 Center Console – Perfil Externo

2206401

Lodifishing 220 Center Console – Lay Out

 

Capa do Manual

Manual da Construção One-off que acompanha o Projeto, para orientação “passo a passo” da construção da embarcação.

 

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Balizas Cortadas com CNC

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Inicio do levantamento e alçinhamento das balizas sobre o Picadeiro

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Inicio do levantamento e alçinhamento das balizas sobre o Picadeiro

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Alinhamento das Balizas

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Alinhamento das Balizas

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Alinhamento das Balizas

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Alinhamento das Balizas

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Detalhe do Skeg no Plug

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Corte da Espuma de Núcleo do Espelho de Popa

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Montagem da espuma de Núcleo do Espelho de Popa no Plug

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Montagem da espuma de Núcleo do Espelho de Popa no Plug

 

Etapa de colocação da espuma de Núcleo em PVC (Divinycell H60) sobre o Plug, conforme orientações do Manual da Construção

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Inicio da colocação do núcleo em PVC no fundo do casco (Panel Planking)

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Inicio da colocação do núcleo em PVC no fundo do casco (Panel Planking)

Lodifishing 160 Center Console de Rafael Silva

Acompanhamento da construção amadora de uma Lodifishing 160 Center Console, realizada por Rafael Silva em Joinville – SC

Saiba mais sobre este projeto em:  http://www.lodidesign.com.br/lf250c.html . 

Você encontra outros Projetos de estoque para construção amadora ou profissional one-off em:  http://www.lodidesign.com.br/projetosestoque.html .

Aprenda sobre os métodos de construção de barcos, veja em http://www.lodidesign.com.br/cursos.html

 

Divulg 20130315

Lodifishing 160 Center Console – Perfil Externo

Divulg1 20130315

Lodifishing 160 Center Console – Cockpit

Divulg2 20130315

Lodifishing 160 Center Console – Vista de Vante

Divulg3 20130315

Lodifishing 160 Center Console – Vista de Ré

Divulg5 20130315

Lodifishing 160 Center Console

 

Preparação e montagem do Plug do Casco

 

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Preparação da área de trabalho e corte das balizas

_balizas

Balizas cortadas

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Montagem do Picadeiro

_picadeiro

Montagem do Picadeiro

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Alinhamento das Balizas

balizas_2

Alinhamento das Balizas

balizas_3

Plug montado

 

Etapa de colocação da Espuma de núcleo em PVC (Divinycell) pelo método Strip Planking/Panel Planking

panel

Colocação do Núcleo, iniciando pelo fundo do casco

panel_strip1

Colocação do Núcleo, utilizando o método Strip Planking na parte de vante do costado, onde as formas são mais complexas devido ao flaire nesta região

strip2

Colocação do Núcleo, utilizando o método Strip Planking na parte de vante do costado, onde as formas são mais complexas devido ao flaire nesta região

 

Etapa de preparação do material em fibra de vidro para laminação da face externa do casco

laminacao_externa

Preparação do tecido de fibra de vidro

laminacao_externa_3

Preparação do tecido de fibra de vidro

laminacao_externa_2

Preparação do tecido de fibra de vidro

tecido_externo

Material em fibra de vidro já cortado e posicionado

 

Etapa de laminação e acabamento da face externa

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Face externa laminada

referencia

Face externa laminada

massa_acab

Acabamento da face externa

barco 020

Casco virado

 

Etapa de preparação e laminação da face interna

barco 055

Preparação para laminação da face interna

barco 102

Preparação para laminação da face interna

barco 108

Preparação para laminação da face interna

barco 134

Preparação para laminação da face interna

barco 141

Preparação para laminação da face interna

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Preparação para laminação da face interna

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Preparação da fibra de vidro para laminação da face interna

foto_ 511

Preparação da fibra de vidro para laminação da face interna

foto_ 569

Face interna laminada

foto_ 608

Face interna laminada

 

Etapa de preparação e montagem dos elementos estruturais do casco

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Preparação do material para as longarinas

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Preparação do material para as longarinas

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Preparação do material para as longarinas

lg_lam_

Laminando as Longarinas

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Laminando as Longarinas

lg_espuma

Laminando as Longarinas

lg_tecido

Laminando as Longarinas

lg_

Laminando as Longarinas

lg_fixas

Longarinas e hastilhas montadas

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Longarinas e hastilhas montadas

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Longarinas e hastilhas montadas

pos_tank

Preparação das Anteparas

cx_ancora

Preparação das Anteparas

tank

Preparação das Anteparas

tank_1

Preparação das Anteparas

 

Etapa de construção do Convés

1

Preparação das peças estruturais de Convés

2

Preparação das peças estruturais de Convés

3

Preparação das peças estruturais de Convés

4

Preparação das peças estruturais de Convés

WP_20140517_003

Preparação das peças estruturais de Convés

WP_20140517_008

Preparação das peças estruturais de Convés

WP_20140519_001

Preparação das peças estruturais de Convés

WP_20140622_003

Preparação das peças estruturais de Convés

WP_20140622_006

Preparação das peças estruturais de Convés

WP_20140625_011

Preparação das peças estruturais de Convés

WP_20140625_017

Preparação das peças estruturais de Convés

WP_20140629_002

Laminação e fixação das peças estruturais de Convés

WP_20140629_009

Laminação e fixação das peças estruturais de Convés

WP_20140711_002

Montagem das peças estruturais de Convés

WP_20140713_008

Montagem das peças estruturais de Convés

WP_20140713_023

Montagem das peças estruturais de Convés

WP_20140713_028

Montagem das peças estruturais de Convés

21

Montagem das peças estruturais de Convés

31

Montagem das peças estruturais de Convés

41

Montagem das peças estruturais de Convés

9

Montagem das peças estruturais de Convés

5

Montagem das peças estruturais de Convés

6

Montagem das peças estruturais de Convés

7

Montagem das peças estruturais de Convés

8

Montagem das peças estruturais de Convés

65

Material para convés

62

Montagem das peças estruturais de Convés

64

Montagem das peças estruturais de Convés

63

Montagem das peças estruturais de Convés

proa_4

Montagem das peças estruturais de Convés

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Montagem das peças estruturais de Convés

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Montagem das peças estruturais de Convés

posição_tubo

Montagem das peças estruturais de Convés

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Montagem das peças estruturais de Convés

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Montagem das peças estruturais de Convés

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Montagem das peças estruturais de Convés

 

Construção do Console

 

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Console na posição

WP_20141115_002

Console na posição

WP_20141115_006

Console na posição

WP_20141115_014

Preparação do Console

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Preparação do Console

 

Entendendo e Desmistificando o Plano de Linhas

Para a maioria dos construtores amadores, o plano de linhas é um grande mistério, mas ele nada mais é do que uma representação gráfica, em duas dimensões, das formas de um casco ou às vezes de um convés.

Para que se tenha ideia da importância deste plano, se um aspirante a arquiteto naval apresenta seu trabalho contendo um jogo de planos ao seu mestre, geralmente ele fica surpreso de vê-lo ignorar os planos de arranjo geral com seus detalhes e suas bem desenhadas almofadas de seu arranjo interno, assim como seu perfil externo para observar minuciosamente as linhas do casco para avaliar a capacidade deste aspirante. Estas linhas falam muito alto o valor daquele aspirante como designer. Os outros planos são um pouco mais do que amostras do trabalho como desenhista, porem um arquiteto naval não é apenas um desenhista, mas um projetista, um técnico.

O plano de linhas representa a forma do casco e quando se está diante dele, não se está mais no escuro quanto ás qualidades da embarcação, através da analise de suas linhas d’água, suas linhas do alto e suas balizas.

O plano de linhas se fundamenta nestes três planos cartesianos ortogonais, apresentando o corpo de um casco em linhas sucessivas horizontais (linhas d’água), longitudinais (linhas do alto) e transversais (balizas), de tal maneira que os pontos da superfície fiquem coerentes nas três projeções.

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 Um plano de linhas deve vir acompanhado de uma tabela de cotas, que determina a localização dos pontos, fixando em que baliza está, e as distancias em relação à linha de centro (meia-boca), e a altura em relação à linha de base ou uma linha d’água de referencia, que pode ficar por baixo ou por cima do casco.

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A importância do plano de linhas fica evidenciada observando-se sua múltipla influencia no desenvolvimento do projeto: ele permite prever visualmente as formas do futuro barco; possibilita o projeto do arranjo interno, com as larguras e alturas disponíveis em cada lugar, descontadas as estruturas; viabiliza o calculo da estabilidade do barco, em diversas condições de adernamento (aplicando as analises próprias da arquitetura naval, curvas hidrostáticas e curvas cruzadas, se for o caso); da acesso aos estudos de resistência de avanço, podendo determinar a velocidade mais favorável e as velocidades-limite de eficiência aceitável; mostra as interferências hidrodinamicas recíprocas que podem existir entre as formas de casco, a bolina ou a quilha de lastro, o hélice e o leme; permite a analise do centro de resistência lateral, feito sobre o plano de linhas e fundamental para o projeto do velame (não apenas na superfície, mas também na localização do centro velico, para atingir o equilíbrio no leme); serve de base para o plano de construção indicativo das estruturas interiores, dos escantilhões e materiais em cada lugar, e nas lanchas, permite o estudo da forma mais adequada para as velocidades alcançáveis, e junto com ele, a previsão do ângulo de inclinação do eixo propulsor, a instalação de motores e a localização de tanques. Quando se trata de lanchas planadoras, o Plano de Linhas também permite a determinação das velocidades criticas.

Podemos perceber que as formas de um barco definem seu “temperamento” e sua “personalidade”. É por ai que podemos entender que, em torno do Plano de Linhas, esta montado também um mito. Ao contrario do que alguns supõem, conseguir um plano de linhas não resolve tudo. Existem poucas crenças mais erradas do que essa. Afinal, dois barcos feitos pelo mesmo plano de linhas podem ter exatamente as mesmas formas, como se fossem de fibra, laminados no mesmo molde. Mas se, por exemplo, o peso for diferente (maior ou menor) ou se tiver variado a distribuição dos pesos de bordo (motor, tripulação, equipamentos), é inevitável que o barco tenha mais ou menos calado, ou um “trim” diferente. Aqui estamos considerando apenas os efeitos estáticos do barco parado ou movimentando-se a baixa velocidade. Mas, também se observam efeitos negativos na eficiência de lanchas planantes.

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 Embora a forma do casco que estejamos vendo em terra possa ser exatamente igual à de outro, a parte submersa também pode ser bem diferente para a água, que, em definitivo, é o que interessa.

Na verdade, o plano de linhas é um item fundamental dentro do projeto, mas só tem validade quando acompanhado dos outros itens que garantem que o barco vai flutuar na linha d’água de projeto, com o deslocamento certo e com o centro de gravidade no lugar planejado. Caso contrario tudo não passará de uma boa intenção.

É por isso que um projeto profissional se desenvolve sempre a partir de um estudo preliminar que, atendendo ao programa de necessidades que serão exigidas do novo barco, define “a priori”, todos os principais valores: deslocamento, comprimento total e na linha d’água, boca, calado e borda livre. Nos veleiros, também no preliminar, se estabelece a área velica, o tipo de mastreação e a proporção de lastro. Nas lanchas, potencia instalada e tipo de propulsão.

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Essas preliminares determinam como deverá ser o plano de linhas, e determinam um conjunto harmônico de definições do barco.

Marcos Lodi
Arquiteto Naval e Yacht Designer

LT 350 – Novo Projeto de Estoque Para Construção Profissional

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Devido à grande procura por um projeto de lancha para transporte de passageiros e/ou praticagem deste porte, o Studio Marcos Lodi Yacht Design resolveu investir no desenvolvimento deste novo projeto de estoque para construção profissional.

Trata-se da LT 350, lancha para transporte de passageiros com capacidade para transportar até 22 pessoas. 20131212640-4 20131212640-3

Caracteristicas Principais:

Comprimento Total:                              10,75 M
Comprimento na Linha D’água          8,95 M
Boca                                                                   4,00 M
Calado de Projeto:                                    0,70 M
Motorização:                                      2 x 200 à 300 hp

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Maiores informações: contato@lodidesign.com.br

Diferenças Entre Construção One-Off e Produção Seriada

Muitas vezes fomos questionados sobre a utilização de um projeto para construção única (one-off) em uma produção seriada de embarcações em composites de fibra de vidro.

Este questionamento ocorre geralmente quando um interessado deseja se isentar do alto custo de um projeto exclusivo e próprio para a produção seriada.

Para esclarecer estas duvidas resolvi fazer uma breve comparação:

Projeto para construção amadora One-off:

Construção amadora

Construção amadora

Construção amadora

Construção amadora

Construção amadora

Construção amadora

São desenvolvidos visando à praticidade e facilidade na construção da embarcação. Esses projetos são próprios para construir uma embarcação apenas, sem a necessidade de moldes, gabaritos de corte e montagem, e outros ferramentais normalmente necessários para uma serie de alta demanda.

Na estética desses projetos, procuramos eliminar frisos e outros detalhes que dificultam em muito a construção.

Como uma construção única geralmente é feita de dentro para fora e, após o processo de laminação das camadas externas de um casco, por exemplo, temos que considerar, em sua estrutura, o material que será removido e acrescentado durante o processo de lixamento e acabamento externo alem de que, se fosse um casco para produção seriada, em certos tamanhos de embarcações , não se justifica uma estrutura sandwich, que se justifica, no caso de uma construção one-off, por ser um método extremamente fácil, rápido e de baixo custo de construção, necessitando de um mínimo de ferramentas para construir o barco.

Todos os membros estruturais são desenvolvidos de forma a se utilizar placas planas e retas, possibilitando a aquisição das mesmas em forma de kits elaborados por empresas ou profissionais especializados, caso o construtor amador não esteja disposto a construir ele mesmo esses elementos, seja movido pelo desejo de agilizar a construção ou mesmo por comodidade, mesmo sendo a construção desses elementos de uma extrema facilidade.

O custo dos planos de construção nesta categoria são baixos por se tratar de um custo relativo á autorização para se construir apenas uma unidade de embarcação e as horas de desenvolvimento do projeto já foram alocadas, tendo o Studio apenas o trabalho de registrar, com o nome do adquirente, a autorização de construção daquela embarcação em cada plano pertencente ao escopo de fornecimento.

Projeto para construção profissional customizada One-off:

Construção one-off custom

Construção one-off custom

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São desenvolvidos geralmente por encomenda de um cliente que deseja uma embarcação customizada, geralmente de maior porte, acima de 30 pés de comprimento.

Embora sejam construídos sem molde, como na construção amadora, os barcos construídos tem detalhes mais complexos que exigem um maior domínio das técnicas de construção.

São desenvolvidas com anteprojeto sob a aprovação do adquirente do projeto e não podem ser reproduzidas sem a autorização, tanto do projetista, que detém o direito autoral, quanto do cliente que encomendou o projeto.

Projeto para produção seriada:

Produção

Produção

Produção

Produção

Produção

Produção

Produção

Produção

Produção

Produção

 

Estes são mais complexos e requerem maiores estudos, pois o sucesso de uma serie depende de seu desenvolvimento.

Devem ser estudados o mercado, as tendências e os processos produtivos, enfim deve ser realizado um trabalho de engenharia de produto e processo.

No projeto se leva em consideração inúmeros fatores que melhoram a qualidade no produto, com o menor custo possível, através de moldes e ferramentais de montagem, corte e acabamento, sem falar no fator estético, que deve ser estudado para acompanhar e até ultrapassar tendências, posicionando o estaleiro na vanguarda.

Tudo isso devido à preocupação em atender a um publico cada vez mais exigente com fatores como estética, preço, economia, segurança, performance e mesmo assim gerar lucratividade ao estaleiro.

Um projeto para produção seriada leva meses e até anos para entrar no mercado, pois requer muito tempo de desenvolvimento a custo de pessoal de nível de engenharia.

Nada mais vergonhoso para um fabricante do que copiar um casco ou mesmo modificar um barco existente e apresentá-lo como um novo modelo, sem um desenvolvimento técnico baseado nesses estudos. Já acompanhamos centenas de fiascos semelhantes a esses em nossas mais de três décadas de carreira. Tudo isso pela falta de ética e competência para se chegar aonde deseja sem tentar pegar atalhos ilusórios, porem isto é assunto para uma outra postagem.

Projeto one-off convertido para produção seriada:

Em alguns casos, clientes de projetos de estoque tanto amadores quanto profissionais, se apaixonam por um projeto one-off ao ponto de desejar produzi-lo em serie, houve muitos casos de construtores amadores que se tornaram grandes fabricantes.

Nesses casos o caminho correto é solicitar ao projetista uma adaptação daquele projeto para permitir uma produção seriada.

Normalmente se altera a pobre estética de um projeto one-off, para agradar o maior publico possível daquele seguimento proposto, alem de se alterar completamente a estrutura.

O que não se deve fazer é tentar comercializar em escala, um barco que foi desenvolvido para one-off, pois o mesmo seria, alem de ilegal, devido aos direitos autorais do projetista, ele seria muito pesado, caro e difícil de ser fabricado por moldes, o que seria desastroso para um iniciante do segmento.

Não falta solução para isto. É de interesse do projetista o sucesso de um projeto e os custos de desenvolvimento podem ser negociados de varias formas, incluindo a transformação desses custos em royalties. Assim ganham todos: o estaleiro que só irá pagar por barco fabricado, o projetista que receberá por barco fabricado e o consumidor que terá acesso a um produto que foi fruto de um desenvolvimento serio e sem aventuras desvairadas por parte de um construtor inescrupuloso.

Marcos Lodi
Arquiteto Naval e Yacht Designer
www.lodidesign.com.br

Midnight Lace, a lendária série

 

 

 

 

Considerado por profissionais da área como um dos melhores projetos que já existiram, a serie Midnight Lace tem sua historia iniciada em 1966, quando um jovem engenheiro naval e aspirante a yacht designer abriu seu escritório, ansioso por entrar no campo de yacht design.

Morando em Mystic, Connecticut, ele tinha um bom emprego, projetando submarinos nucleares numa empresa chamada Electric Boat Company e utilizava parte de seu tempo na supervisão de construções e modificações de barcos.

Este jovem tratava-se do extraordinário Tom Fexas, (falecido em 06/12/2006, aos 65 anos), que observando as embarcações, se via desenhando barcos melhores do que aqueles que existiam na época.

Desde muito jovem, ele tinha uma grande admiração por dois projetos existentes: os “commuter boats” utilizados na pré II Guerra Mundial e os “PT boats” utilizados na II guerra mundial. ELCO fabricou a maioria dos famosos “PT Boats” utilizados na II Guerra Mundial e, após a guerra, continuou com a fabricação de “mini PT Boats” para recreio. Em 1956, quando ainda era adolescente, Tom Fexas trabalhou como ajudante  do capitão de um “Commuter Boat” de 62 pés chamado “Go-Go” e nos anos 60 e 70 ele tinha um Elco 35 pés 1948 seguido por um Elco 40 pés 1946. Infelizmente ELCO fechou as portas no ano de 1949.

É, portanto, a experiência a bordo do “Go-Go”, a extensa observação dos “PT Boats” e a propriedade dos dois ELCO “mini PT Boats” que levou a concepção do primeiro Midnight Lace Express Cruiser, batizada assim graças a um filme de Alfred Hitchcock exibido nos anos 60. Tomando emprestado elementos de design dos commuters, PTs e Elcos com uma boa dose de novas idéias e uma forte convicção,  foi concebido o anteprojeto do Midnight Lace 52 pés. Porem  não havia, ainda cliente para este novo projeto mas Tom emoldurou este perfil e o pendurou na parede de seu studio, sonhando um dia construir aquele barco.

Já em 1975, com a crise do petróleo, econômicas embarcações de longo alcance (a maioria das pessoas chamavam de “Trawlers”) tornaram-se muito populares. Nesta época Tom foi procurado por um cliente interessado num projeto de uma serie de trawlers. Enquanto conversavam sobre os trawlers os olhos do cliente não se desviavam do quadro onde estava a Midnight Lace 52 pés. Ele perguntou sobre aquele barco e Tom contou-lhe a historia. Fascinado com design que prometia alta velocidade com a eficiência de um trawler, o cliente decidiu construir o protótipo do Midnight Lace, porem com 44 pés.

Após a conclusão do projeto, saíram à procura de um estaleiro que construísse aquele protótipo. A melhor oferta veio de um estaleiro em Stuart, Florida, chamado Matlack Yacht Builders (atualmente chamado Stuart Yacht Builders). Tom sentiu a necessidade de acompanhar a obra de perto, então em novembro de 1977, quando se iniciava a construção do protótipo, Tom demitiu-se de seu bem remunerado emprego na Electric Boat Company e mudou-se para Stuart, Florida.

O protótipo ficou pronto em 10 meses e a tempo de ser apresentado no Fort Lauderdale Boat Show, graças a um grande esforço dos construtores. A performance do barco superou as expectativas proporcionando alta velocidade com a economia de um trawler, o que chamou a atenção de 2 grandes brokers, que representavam um estaleiro de Hong Kong, estaleiro este, que se interessou em iniciar a construção de uma serie Midnight Lace 52 pés, baseado no desenho original concebido em 1973.

Desde então 45 modelos diferentes de Midnight Laces já foram produzidos em serie no mundo, alem dos personalizados.

No Brasil, já produzimos as Midnight Lace 37 pés, Midnight Lace 40 pés e a custom Midnight Lace 65 pés, alem de vários moldes para produção de Midnight Laces em estaleiros americanos.

A produção dos Midnight Lace chegou a ser interrompida nos anos 90 mas logo foi obrigada a voltar com versões 52 pés e 44 pés, devido a grande procura. Mas os novos modelos tiveram que ser levemente ajustados na boca para se adaptar a padrões atuais de mercado, sem alterar o estilo e as características que fizeram da serie Midnight Lace uma lenda e escreveram o nome de Tom Fexas na historia da industria náutica mundial.

Marcos Lodi
Arquiteto Naval e Yacht Designer
www.lodidesign.com.br

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No inicio da década de 80, a industria náutica brasileira era comparada a industria náutica americana da década de 20.

Ainda estávamos engatinhando em tecnologia de construção de barcos em fibra de vidro. Barcos de “alta tecnologia” para nós eram aqueles construídos com pesados cascos sólidos de fibra de vidro e os conveses eram construídos em madeira. Estruturas sandwich raramente eram usadas e quando construíamos algum casco com esta estrutura  utilizávamos, como núcleo, madeira ou poliuretano de alta densidade, sempre a titulo experimental.

Como conseqüência, pagávamos o preço do pioneirismo com sérios problemas estruturais, incluindo delaminação de cascos, como ocorreu com uma serie inteira de lanchas de 45 pés no Rio de Janeiro.

Foi nessa época que um empresário de Joinville (Santa Catarina) encomendou ao lendário projetista americano Tom Fexas, o desenho de um Motor Yacht de 86 pés.

Este projeto era considerado para os americanos como “semi high tech” com um casco construído em fibra de vidro e estrutura sandwich com núcleo de PVC de baixo peso. Ate então, no Brasil, nunca tinha sido construído barco semelhante a este, em tecnologia.

Este empresário convocou funcionários de sua própria empresa e formou uma grande equipe sem nenhuma experiência em construção naval, pois os profissionais especializados estavam no eixo Rio de Janeiro – São Paulo, com exceção de mim, é claro. Eles não sabiam mas estavam fazendo historia na industria náutica brasileira.

Este Motor Yacht se chamava “Fabiola” e foi um completo sucesso. É claro que houveram muitos problemas durante a construção, pois ela servia de aprendizado para todos os profissionais envolvidos , mas todos os problemas foram resolvidos a contento.

Graças a esta obra houve uma mudança radical na industria náutica brasileira, e como que por milagre, quase todos os estaleiros passaram a adotar na construção de suas lanchas, estrutura 100% sandwich com núcleo de PVC, abrindo as portas do mercado internacional para os estaleiros brasileiros e seus profissionais, como foi o nosso caso, em que exportamos tanto embarcações, quanto moldes para construção em serie para estaleiros americanos após esta obra.

Por isso podemos dizer que o Fabiola foi um divisor de águas na historia da industria náutica brasileira, pois esta historia é dividida em antes e depois do Fabiola.

Marcos Lodi